quarta-feira, 11 de julho de 2007

Ontem

Ontem foste o meu primeiro pensamento.
Ontem estiveste em mim cada minuto do dia.
Ontem a saudade fez-me querer ir ao teu encontro.
Ontem tinha sido capaz de me perder nos teus braços e acreditar em todas as ilusões.

Ontem recordei o teu olhar, o teu beijo, e juro que consegui sentir o teu cheiro.
Ontem quis pedir-te que o silêncio se transformasse na nossa linguagem, que não me fizesses perguntas e que lesses a minha alma.
Ontem desejei que não houvesse um passado entre nós.

Ontem adormeci agarrada à tua fotografia e sonhei contigo.
Ontem pertenci-te novamente, ainda que distante.
Ontem...
Hoje acordei, e a vida seguiu.
Amanhã, quem sabe...

O teu jardim encantado


Imagino-te num jardim encantado, onde as cores são mágicas, onde apetece andar sempre descalço, onde o ar é mais leve que uma nuvem, onde a paz é eterna e os anjos descansam as suas asas, onde sabe bem estar, onde se guarda as mais preciosas memórias da nossa vida e passas a viver dentro de nós...

Diz-me, Mana: nesse teu jardim, as flores também choram?...

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Jogo solitário


Acho que jogamos um jogo solitário, nós os dois.
Um pacto secreto, definido por emoções estranhas e contraditórias.
Um jogo com regras flexíveis e permissivas, que muitas vezes acaba no “dito por não dito”.

Mas nós continuamos a jogar, não um contra o outro.
Embora um jogo a dois seja normalmente disputado por adversários...
Eu quero ganhar, e tu também. Mas não nos importamos de esperar pelo prémio.
E já andamos a jogar há 10 anos.

Talvez porque o prazer do jogo seja ainda mais saboroso do que a vitória...