quinta-feira, 12 de abril de 2007

"Cuddling"


Haverá algo mais reconfortante e pacificador para uma mulher do que aninhar-se nos braços do homem que ama e sentir-se absoluta? Este pensamento 'apanhou-me' de surpresa uma vez, numa noite em que adormeci nos braços dele...
Não creio que fosse capaz de passar a minha vida com alguém que não me fizesse sentir assim.

Encostei a minha cara ao peito dele, abracei-o, e quando me rodeou com o seu braço, foi como se não quisesse mais sair dali, foi um momento perfeito.
E apesar de ter perdido todas as minhas guardas e ficado absolutamente vulnerável, submissa...senti-me forte, revigorada, acarinhada...senti-me Mulher. Segredei-lhe em silêncio: “Deixa-me ficar assim para sempre...” e o coração dele deve ter ouvido, porque me apertou com força, encostando ainda mais o meu corpo ao dele.

Depois, adormeci... 'Acordei' mais tarde, com o toque dele. O seu corpo 'pedia-me' para fazer amor. Sentia as mãos dele, com carícias tão suaves, como num sonho.
Meio adormecida, 'respondi-lhe' que sim. Entregámo-nos a uma paixão arrebatadora, a uma sede insaciável de amor e prazer.
E foi sublime.

Mais sublime ainda do que poderia imaginar... E tudo porque, quando finalmente os nossos sentidos abrandaram, ele voltou a puxar-me para junto dele, demos um beijo demorado, disse que me amava, eu aninhei-me novamente no peito dele...e adormeci, tal como antes.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Até sempre, Ganesh...


Às vezes, quando estou muito triste, não consigo escrever...
E há uma semana que existe silêncio no meu coração e as palavras simplesmente não surgem no papel.
Agora quando chego a casa, já não te oiço... E hoje doeu ainda mais...
O meu fiel companheiro de há 7 anos, a presença de alma no meu “ninho”, no meu porto de abrigo, não se ouve mais.
“Era só um papagaio”, dirão alguns... outros compreenderão a perda de um animal de estimação e sentirão verdadeira compaixão.

O Ganesh não era só um pássaro, meigo e brincalhão, que conversava, ria, assobiava fado, retribuía carícias, cativando a todos. O papagaio que cantava para me acordar, me saudava quando regressava, ou quando me sentia triste, piava as minhas tristezas.
O Ganesh era a alma desta casa, a personificação do meu estado de espírito.
E quando “voou”, deixou-me mais vazia.
Imagino-o livre, subindo tão alto no céu, louvando a vida, e protegendo-me, como sempre o fez.
Quem pode imaginar um mundo sem pássaros?

Até sempre, meu “anjo com penas”...