sexta-feira, 26 de outubro de 2007

À tua espera...


Espero-te.
Ansiosamente, desde o segundo em que soube que te ia ver.
Decidi tomar um banho para tentar relaxar, daqueles em que nos ‘perdemos’ debaixo da ‘cascata’ dum duche quente.
Há 3 meses que não nos vemos e pouco falámos, entretanto. Habituei-me à tua ausência, à distância física que nos mantém longe, mas que nunca nos separa.
E apesar disso, estou assim, ansiosa....enquanto te espero. Quero ver o teu sorriso, ouvir a tua voz, abraçar-te e sentir o teu cheiro. Quero que tudo se torne familiar, como acontece quando estou contigo. Vou querer saber as tuas novas aventuras, ‘beber’ as tuas palavras entusiásticas e cheias de vida.
Depois, vais ser tu a querer saber das minhas novidades. É assim, entre os melhores amigos. Contam-se segredos, partilham-se experiências e conversa-se ‘olhos nos olhos’.

O problema é que, depois de olhar nos teus olhos, sei que não vai demorar muito tempo até querer beijar-te.
E tu vais retribuir, os nossos corpos vão ‘pedir’ o mesmo e... “voilá”! O inevitável acontece.
No dicionário de língua portuguesa, a palavra inevitável significa: fatal; que não se pode evitar ; necessário.
Se isto for verdade, eis a minha conclusão:
- ‘fatal’: é provável que morra a gostar de ti!
- ‘que não se pode evitar’: porque sim...
- ‘necessário’: a verdade é que preciso de ti na minha vida.

Já não deve demorar muito. Estás a chegar...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Saudade

Saudade é ausência.
Saudade é ter medo de me esquecer da tua voz.
Saudade é vazio.
Saudade é não te poder tocar.
Saudade é sentir o teu perfume e não seres tu a usá-lo.
Saudade é ir a um sítio onde nos divertimos juntas.
Saudade é comer o teu gelado preferido.

Saudade é ouvir a nossa música e não poder cantar contigo.
Saudade é ver um filme que sei que ias adorar.
Saudade é ler um livro que deixaste a meio e não poder contar-te como acaba.
Saudade é usar um anel teu e lembrar-me das tuas mãos.
Saudade é sonhar contigo e não querer acordar.
Saudade é saber que me vai faltar o teu conselho.
Saudade é olhar para as nuvens e adivinhar o teu sorriso.
Saudade é pensar em ti todos os dias...

Saudade és tu, Mana...

De volta ao jogo....


O tabuleiro está novamente na mesa. As peças estão no lugar. Aceitam-se apostas.
Dois jogadores. Nenhum favorito.
Lema: “as regras existem para serem quebradas”.
Segredo: a forma como se joga. As cartas estão viradas para cima, com o ‘jogo à mostra’. Não existe tempo limite.
Tentamos acumular trunfos e o bluff também conta. O gozo está em antecipar as jogadas, e nunca subestimar o adversário.
Há muito tempo que as instruções estão decoradas. Neste jogo, o clube é exclusivo e muito privado.
E o melhor de tudo, o prémio é sempre repartido!
Jogamos?!...

Público (para quem gosta de jogos) & Privado (para o meu companheiro de ‘tetris’)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Confissões de um má cozinheira


Não tenho jeito para cozinhar. É uma realidade. Já me disseram que é porque vivo sozinha, e não tenho que me preocupar com o facto de outros terem de comer.

Então, mas se vivo sozinha, era suposto ter aprendido a cozinhar para sobreviver! Nem assim…e continuo ‘vivinha da silva!’
Não se pense, no entanto, que sou uma autêntica nulidade.
O trivial ainda faço, tipo estrelar ovos, fazer arroz, cozer massa, fazer uns bifes, uma sopa, mas nada de muito complexo. Nesse aspecto, temo ser um caso perdido…
Não me lembro, na infância, de ter tido curiosidade em ir para a cozinha ver a minha avó preparar refeições, ou alguma vez ter-me dado gozo em ajudar a fazer um bolo (a não ser que me deixassem comer a massa crua!) Não gosto de tachos, rolos da massa, espátulas e demais utensílios de culinária.
Marinar, refogar, demolhar, desfiar, untar, bater claras em castelo, deixar em banho maria, etc, são termos conhecidos teoricamente, mas autênticos pesadelos quando os tenho que transformar em algo comestível. E não foi por falta de tentativas!

Já experimentei algumas receitas consideradas de preparação fácil e acessível, mas se implica muitos ingredientes, é o caos! No outro dia, alguém dizia que “cozinhar era a melhor forma de descontrair”. Credo! A mim, provoca stress, impaciência, ansiedade e o resultado acaba quase sempre em algo demasiado salgado, pouco apresentável, ou queimado, o que me enerva ainda mais, porque lavar louça assim é duplamente trabalhoso!
Conclusão: ainda vou fazer um esforço e se calhar, inscrever-me num qualquer curso básico de culinária, mais que não seja para aprender a cozinhar bem meia dúzia de pratos e impressionar os amigos e família.
Ainda assim, adoro comer (este é o verdadeiro paradoxo!), e prometo a quem se aventurar a ir comer a minha casa, que não passa fome. Se trouxerem algum petisco, também ajuda!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Há dias assim...


Que a vida está difícil, já se sabe. Que a maioria de nós não vive, sobrevive, também não é novidade. Que a prestação da casa, os impostos, a gasolina, a electricidade, etc, aumentaram, já fomos obrigados a perceber, porque temos que pagar… Como o comum dos mortais, estes problemas ‘tocam-me à porta’ diariamente, e eu lá vou tentando resolver as questões, com mais ou menos angústia. Hoje, 'caiu-me' mais uma em cima – visita da Segurança Social! A mim, parece-me que a justiça anda de ‘pernas para o ar’, mas como diz aquele anúncio, “não ganhei a lotaria, nem tenho pais ricos”, e pedir dinheiro ao banco sai caro por causa dos juros!

Pus-me a pensar… Durante alguns minutos, foi a reacção normal – “E agora?! Como é que eu vou fazer?! Não faltava acontecer-me mais nada!” E logo de seguida começa aquele sentimento de mau-estar, de nó na garganta, de ritmo cardíaco acelerado, e pensamentos a passar pela cabeça tipo corrida Fórmula 1.
Não vale a pena… Desta forma, ainda estou a complicar mais a situação, a toldar a minha sensatez e esse não é definitivamente o caminho. A solução está de facto em acreditar que tudo se resolve, e até vou mais longe – “já está resolvido!” Alguns pensarão que estou a ser ingénua, irrealista. Pouco importa. Lembrei-me daquela velha máxima do ‘copo meio cheio ou meio vazio’, e conclui que o importante é não deixar partir o copo! Hipocrisias à parte, o dinheiro faz muita falta e dá muito jeito!
Realmente, o dinheiro move o mundo, mas o que move o meu mundo são muitas outras coisas, e essas não têm preço!