
Adivinham-se tempos difíceis…
Feridas antigas que continuam teimosamente abertas, sem nunca cicatrizarem.
Esforços titânicos para que os dias passem, com a dor na alma anestesiada, adormecida.
Datas de efemérides que não podemos comemorar, outras que não queremos que sejam reais e que preferíamos esquecer.
Recordações de cor esbatida pelo tempo e manchadas por lágrimas de saudade.
Suspiros profundos, gritos abafados de sofrimento e angústia, raiva e ódio ‘mordidos’ na almofada quando o sono teima em não chegar.
Medo de mim mesma, por não conseguir vencer ‘demónios’ de incerteza, tormentos de injustiça.
Nojo por quem se escuda na mediocridade, crueldade e ausência de carácter.
Batalhas assombradas por seres desprezíveis, vis, abjectos.
Adivinham-se tempos difíceis… Mas eu vou sobreviver, e a culpa não há-de morrer solteira!