sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Adivinham-se tempos difíceis...


Adivinham-se tempos difíceis…
Feridas antigas que continuam teimosamente abertas, sem nunca cicatrizarem.
Esforços titânicos para que os dias passem, com a dor na alma anestesiada, adormecida.
Datas de efemérides que não podemos comemorar, outras que não queremos que sejam reais e que preferíamos esquecer.
Recordações de cor esbatida pelo tempo e manchadas por lágrimas de saudade.
Suspiros profundos, gritos abafados de sofrimento e angústia, raiva e ódio ‘mordidos’ na almofada quando o sono teima em não chegar.
Medo de mim mesma, por não conseguir vencer ‘demónios’ de incerteza, tormentos de injustiça.
Nojo por quem se escuda na mediocridade, crueldade e ausência de carácter.
Batalhas assombradas por seres desprezíveis, vis, abjectos.

Adivinham-se tempos difíceis… Mas eu vou sobreviver, e a culpa não há-de morrer solteira!

3 comentários:

Freckles disse...

A tua memória e o teu coração têm um espaço limite.
Conselho: não esgotes a lotação com os seres vis e abjectos.
Enche a 'tua sala de cinema' privada com imagens de felicidade: do que já foi, não é actualmente mas, pelo menos, nos frutos poderá voltar a ser.
Ter saudades é bom. Dói, mas é bom porque não nos esquecemos de quem nos fez feliz, de quem continuará a estar connosco, sempre, ainda que não rpesencialmente.
Já provaste que tens a força de um gigante. Ignora os 'liliputianos'.
Beijo enormeeeeeeeeee

Pi disse...

Penso que no teu caso os tempos difíceis já passaram... O que te espera agora, amiga, são tempos de felicidade... Não a deixes ensombrar por momentos menos bons... Recorda apenas o que é bom de recordar.

"Mas (às vezes) é preciso morrer e nascer de novo. Semear no pó e voltar a colher. Há que ser trigo depois ser restolho. Há que penar para aprender a viver. E a vida não é existir sem mais nada. A vida não é dia sim, dia não. É feita em cada entrega alucinada, para receber daquilo que aumenta o coração" in Restolho, Mafalda Veiga.

Entrega-te de forma alucinada, pondo de lado o que houve de mau, enterra-o. Renasce das cinzas e vive de forma desmedida... Mereces!

Unknown disse...

Não sei Sofia se vale a pena deixar de celebrar certas efemérides por qualquer que seja a razão. Não sabes,... Mas celebro-as todas e tinha tantas razões para não o fazer com cada uma delas. Mas isso sou eu. Não mais forte, nem mais fraco. Só diferente. Diferente de ti e até diferente do Claudio que tu conheces "lindo e maravilhso" - Quer dizer os predicados continuam cá - mas é mais do que isso. Sou assim como tu: Normal! Por isso do alto desta minha "normalidade" te peço que voltes a sentir o prazer de uma efeméride e esqueças aquelas que de facto não te as deixam celebrar. As feriads, quando não lhes mexemos acabam por ficar quietas no seu canto. Sangram de vez em quando, mas até é bom. Matamos saudades... Mas isso sou eu a falar do alto da minha eterna vontade de ver todos a rir. A vida, já me deu tantas feridas desde que nasci, que acho que as aprendi a sarar, para que elas não acabem comigo. Faz o mesmo... Beijo. Eu, Cláudio.