quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Every breath you take


Há muito tempo que não ia a um concerto. O de ontem era imperdível por muitas razões. Por ser uma oportunidade única para ver Police, por se gostar da banda, etc... Para mim, teria sido o concerto das nossas vidas… e foi. Entrei naquele estádio contigo, Mana.

Olhei para o céu e a lua estava cheia… só podia!
Uma lua enorme, brilhante, sorria-me e sussurrava-me que tinha valido a pena ter ido, mesmo depois de uma noite mal dormida, um dia cansativo e uma angústia que não largava o meu peito.

As luzes apagaram-se e a música invadiu-me. Dei por mim a rir-me sozinha, a imaginar-te a tecer elogios ao Sting, as duas a gritar como autênticas colegiais, a ‘cortar na casaca’, naquelas parvoíces que tantas vezes repetimos juntas!
A saudade bateu mais fundo e senti-me vazia… porque, de facto, deixaste-me vazia sem ti. Foi então que percebi que as pessoas que amamos verdadeiramente não nos deixam, que alguma energia fica cá e nos acompanha sempre… Segundos depois começaram a tocar a tua música – ‘Every breath you take’. Aposto que teve ‘dedinho teu’!

Confesso que chorei…de saudade, de tristeza, mas também de alegria e gratidão por termos partilhado tanto, por ter tido a sorte de ter uma irmã como tu, por te ter dito milhares de vezes que te amo! Hoje, esta música faz mais sentido do que nunca. Hoje, és tu que ma cantas. Hoje, sei que vais estar sempre a olhar por mim…’every breath I take’.

1 comentário:

Fecas disse...

É muito profundo a forma ocmo partilhas este concerto dos Police, diria mesmo transcendente. revejo-me plenamente nesse sentimento de ausência e presença. És muito especial até na forma como expressas a tua tristeza e alegria. Eu acredito que em momentos que sentimos como sendo especiais há mesmo comunicação. Aliás, como cantam os Police «estou a olhar por ti».