quinta-feira, 15 de março de 2007

Nada de despedidas


Foi há uns meses. Ligaste-me, inesperadamente, para me dar uma notícia. Com a voz entusiasmada, disseste: “Vou trabalhar e viver para Angola!”. Sabia que procuravas uma mudança na tua vida e percebi que querias agarrar esta oportunidade, por isso, senti-me imediatamente feliz por ti.
Mas, quase em simultâneo, senti o que só consigo descrever como um 'amargo de coração'. Uma espécie de 'egoísmo perdoável', porque não gostamos de nos afastar de quem nos é especial, mas isso também não muda em nada o que sentimos por esse alguém.

Optei por não me despedir. Sim, optei...
Entretanto, vieste passar o Natal a Portugal, tentámos combinar ver-nos, mas não aconteceu. Não sei se, mais uma vez, por opção...

Regressaste a África, estás a milhares de kms de distância, mas 'estamos em contacto', principalmente graças à maravilhosa tecnologia que é o Messenger!
Mas, para além disso, gosto de pensar que “a distância não é o quanto nos separamos, a distância é se não voltamos”.
Apetece-me dizer-te agora, pela primeira e milésima vez, quem és na minha vida, o que vejo quando fecho os olhos e penso em ti:
- És o sorriso, rasgado e sincero
- És a gargalhada contagiante
- És frontal e carismático
- És o meu disparate!
- És parte e testemunha da minha vida há 10 anos
- És meu amigo e meu confidente
- És o conforto do meu corpo e da minha mente
- És fogo e gelo
- És passado e ainda és presente...

Até já.
E só mais uma coisa: quando estivermos novamente um com o outro, por favor, nada de despedidas!

Público (para quem quiser ler) & Privado (para a única pessoa que vai entender)

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